Praticamente,
todos os candidatos a prefeito de João Pessoa têm feito a defesa da implantação
da escola de tempo integral no município. Estela, Cícero, Maranhão, Cartaxo e
Renan já se manifestaram a favor da proposta.
Ao verificar que
esses candidatos querem aplicar o mesmo projeto na Educação em João Pessoa, ou
seja, a Escola de Tempo Integral, o pessoense talvez se pergunte qual dos
candidatos teria o melhor projeto ou se todos estão defendendo exatamente a
mesma coisa.
Como pessoense,
eleitor e também dirigente do PSOL, fico tentando identificar as características
desse novo modelo de escola pública. Quero reconhecer, de imediato, que o
candidato do meu partido, Renan Palmeira, não tem conseguido expressar publicamente
em que seu projeto se diferencia dos demais projetos para o setor da educação.
Nas referências
de Maranhão, Cícero e Cartaxo sobre o tema, percebe-se que eles prometem manter
as mesmas estruturas físicas das escolas públicas do município e buscarão
outros espaços, como quadras poliesportivas, para serem ofertadas aos alunos,
determinando , assim, que foi concluído o projeto da educação de tempo
integral.
No PSOL, o então
candidato ao governo do Estado em 2010, Nelson Junior, foi o primeiro a propor
a escola de tempo integral. Naquela campanha, Nelson Junior fazia questão de
descrever que essa escola compreenderia uma completa mudança nas estruturas das
escolas, prescrevendo que essas escolas deveriam ter espaços tais como biblioteca
para leitura, ambiente para reforço escolar, local adequado para práticas
esportivas e culturais.
Ainda na
proposta de Nelson Junior, outra característica marcante da escola de tempo
integral incluiria as condições para o vestuário dos alunos e para as refeições.
Assim, o PSOL expressou, desde a campanha de 2010, que uma Escola de Tempo integral
assumiria a total integração do aluno ao sistema, não jogando nesse aluno, a responsabilidade
por ter de ir almoçar em casa e depois voltar para uma atividade esportiva em
outra escola, diferente daquela onde estudou as matérias teóricas.
Espera-se que
Renan, do PSOL, consiga explicar essas diferenças ao eleitorado.
Fabiano Galdino, presidente estadual do PSOL-PB